domingo, 4 de novembro de 2018

Entenda sobre o reajuste anual do salário mínimo


Como o Salário mínimo é corrigido?

Até o ano de 2019 o reajuste do salário mínimo leva em consideração a soma da variação do PIB de dois anos antes e a variação do INPC do ano anterior.

De acordo com Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico), "A variação INPC, por um motivo correto, ele tem uma cesta de consumo para quem ganha até 5 salários mínimos, e o IPCA é de até 40 salários mínimos. O INPC tem um peso de alimentação maior do que o IPCA. Como neste ano os alimentos foram um dos itens que puxaram a inflação para baixo, pesa mais no INPC do que no IPCA. A inflação é menor e o reajuste de salário mínimo vai conforme a inflação".

Porque o Salário mínimo não pode ser R$ 3.754,16?

De acordo com o órgão Dieese, o salário mínimo "necessário" para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 3.754,16 em este ano.

Cada um real de aumento no salário mínimo gera um incremento de R$ 301,6 milhões ao ano nas despesas do governo", informou o Ministério do Planejamento na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) encaminhada ao Congresso em abril de 2017.

Números oficiais mostram que o benefício de cerca de 66% dos aposentados equivale ao salário mínimo. A correção do mínimo também impacta benefícios como a RMV (Renda Mensal Vitalícia), o seguro-desemprego e o abono salarial.

Um salário mínimo reajustado de forma inapropriada, por exemplo no valor de 4.000,00 pode ser mais prejudicial ao pobre do que vantajoso, pois o salário das pessoas estão ligadas à produtividade do seu capital humano. Como a educação do brasileiro é precária, gerando uma baixa produtividade do trabalhador e a falta do capital humano que é a realidade da população mais pobre do Brasil, este aumento iria acarretar mais empregos informais.

Sem dúvidas o melhor caminho para um futuro salário mínimo forte é investir desde já na educação de base até o ensino superior com métodos propiciem maior qualidade e também maior fiscalização do MEC em cursos EAD - Ensino a distância e também presenciais, que nem sempre formam profissionais capacitados para o mercado de trabalho.

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